terça-feira, 8 de novembro de 2016

Aventurando-me no Enem

Há 11 anos terminei o ensino médio. Ufa!! Essa é a sensação de cada um que vive isso, seja por alívio de ter acabado ou de estar livre para prosseguir. Fiz toda a minha educação regular em escolas públicas e, até onde me recordo, muito foi deixado a desejar. De algo não posso reclamar, tive professores maravilhosos. Porém, o ensino... Alunos faziam o que podiam, professores também, mas a metodologia, os conteúdos, as greves, esses não contribuíam.
Mas, o assunto principal não é esse. No último fim de semana, aventurei-me no meu 1º Enem. Quando me formei mal se falava sobre a prova(ção). Sempre acompanho os comentários dos candidatos sobre as provas, a administração do tempo, a redação etc., mas resolvi conhecer para poder ter a minha própria opinião.
Consegui-a e é muito clara.
Apesar dos anos que me separam do ensino médio, não acredito que o ensino público tenha melhorado tanto assim para que sejam colocadas questões como as que eu encontrei nos últimos sábado e domingo.
Estou na minha segunda graduação e, por ser da área de ciências humanas, sempre estudei sobre filósofos clássicos e modernos, teóricos das ciências sociais etc. No ensino médio, ninguém me apresentou a Durkheim, Descartes e seus coleguinhas de bate-papo. Lembro-me de começar as aulas de filosofia e sociologia (uma única matéria) e vê-las interrompidas por uma greve. Ao voltar às aulas, a matéria havia sido cortada para dar tempo de passar o conteúdo de outras "mais importantes". Espero que os alunos de hoje os conheçam intimamente.
Literatura parecia história: uma linha do tempo na qual se localizavam o início e o término de cada escola literária, palavras-chave que as caracterizavam e autores clássicos. As perguntas que estavam no exame falavam de uma análise profunda e buscavam as entrelinhas dos escritos literários. Conheci Ana Cristina Cesar este ano no curso de Letras, poetisa de uma ótica pessimista, de intensa produção e breve vida (suicidou-se aos 31 anos). Espero que os alunos tenham a conhecido, pelo menos pelas discussões sobre a última edição da Flip 2016.
Gostei das questões de Língua Portuguesa. Acho que foi evitada aquela busca enfurecida pelo viés normativo da língua, e isso é muito válido.
A temática da redação foi fantástica. Aliás, amo essa ideia de colocar as pessoas para escreverem e convencerem. Em busca da melhora do desempenho na atividade, um sem-número de assuntos vão ganhando foco em debates e fazendo as pessoas refletirem sobre o mundo ao seu redor.
O que dizer sobre o inglês? Da quinta série do ensino fundamental ao 3º ano do médio, só me lembro de ter estudado to be verb. Ainda bem que tive a oportunidade de estudar o idioma além da escola regular. 
Como o leitor já deve ter percebido, dediquei-me a solucionar as questões de humanas e linguagens. Sempre tive dificuldade com a área de exatas, mas o que foram os conteúdos cobrados em exatas? Acho que a metodologia atual de ensino não contribui nem um pouco para que os candidatos possam resolver grande parte daquelas questões. Mais uma vez, espero que os candidatos frescos do ensino médio estejam mais preparados. No entanto, não sou a pessoa mais indicada para falar sobre o grau de dificuldade das perguntas de exatas. Alguém se habilita?
Porém, pra mim, o pior é a divisão dos conteúdos pelos dias de aplicação. Acho que nunca deveriam estar juntos Português e Matemática no mesmo dia. São matérias extensas, comprovadamente objeto de dificuldade para os candidatos, e demandam muito raciocínio de resolução de problemas e expressão de ideias.
Ainda não saiu o gabarito, investigações sobre fraudes estão em curso, estatísticas sobre o desempenho estão por vir. Também muito precisa ser feito para que o Enem possa ser um meio de seleção justo!

P. S.: Sou estudante de Letras, mas não esperem um texto perfeito. A reflexão não se limita a padrões.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Pra não faltar assunto...

eu resolvi criar um blog no qual pudesse manifestar algumas opiniões que tenho e que acredito que deveriam ser discutidas na sociedade, por todos.

Já que de opiniões e palpites o mundo está cheio, pra não faltar assunto eu vou sempre pautar várias quetões aqui e espero a participação de todos!

Podem ter certeza que assunto não vai faltar! ;)